segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A temida apresentação

A segunda-feira, dia da entrega das peças finalizadas e primeiro dia da banca, foi apenas um prolongamento do nosso domingo, com um breve cochilo entre os dois dias, alguns membros privados desse direito ao cochilo. O dia foi bastante corrido, já que não nos restou escolha senão imprimir todas as peças gráficas no mesmo dia, o que infelizmente acabou causando alguns problemas nas impressões, principalmente na do PDP, o que provavelmente nos fez perder alguns pontos com a banca.

Enfim, conseguimos entregar todas as peças finalizadas a tempo, só restava esperar que o nosso grupo fosse sorteado e finalmente apresentar o trabalho. Nosso grupo não foi sorteado no primeiro dia, talvez isso tenha sido bom, estávamos cansados, estressados, e não havíamos ensaiado a apresentação, mas mesmo assim, eu queria ser sorteado no primeiro dia, para poder tirar o interdisciplinar da cabeça e me concentrar nos outros trabalhos pendentes da faculdade.
Nas três apresentações do primeiro dia, os professores da banca não perdoavam, procuravam problemas nos menores detalhes dos trabalhos e pressionavam, não importa quanto o trabalho estivesse bom. Enquanto os professores da banca falavam dos trabalhos dos outros grupos, nós imaginávamos quais dos argumentos eles iriam usar na nossa apresentação, o sentimento geral do grupo era, basicamente, terror.

A sexta-feira, segundo dia de apresentações, finalmente chegou, havíamos planejado melhor a apresentação, estávamos descansados, mais calmos, mas ainda nervosos graças às apresentações anteriores, como fomos o primeiro grupo a chegar completamente, fomos os primeiros a apresentar.

Foi decidido que apenas a Nara e o Luiz Guilherme falariam durante a apresentação, visto que a Nara foi responsável por boa parte da pesquisa e o Luiz Guilherme por boa parte da produção das peças finais, dessa forma a apresentação ficaria menos atrapalhada e menos parecida com aquele famoso jogral escolar.Foi apresentado o fotógrafo junto a um pouco do seu trabalho, a nossa pesquisa, o processo de conceituação, os storyboards, e finalmente as animações. A apresentação no geral foi boa, os dois estavam um pouco nervosos e acabaram se atrapalhando algumas vezes, mas nada que tenha desvalorizado a apresentação.

E então chegou a hora dos comentários da banca. Para a nossa surpresa, o nosso trabalho foi recebido muito bem, muito melhor do que esperávamos. O nosso maior medo era que os professores não entendessem algumas partes da animação e criticassem justamente isso, mas a subjetividade da nossa animação acabou sendo um dos maiores pontos positivos. Também foi elogiado o estilo dos traços e o uso do preto sobre o branco, sem meios tons, o que tornou a espiritualidade da animação muito mais forte, se comparando aos trabalhos de Cravo Neto. Os detalhes das animações das gotas, das flores e das bolhas, também foram bastante elogiadas, o que me deixou orgulhoso, já foram feitas por mim.

Mas não recebemos apenas comentários positivos, a maior crítica se deu pelo fato da animação para celular não ter som. Na animação para web, poderíamos fazer alguns ajustes em certos movimentos, encurtar o tempo de algumas passagens para talvez inserir uma cena nova que reforçasse o sentido da animação, e a cena em que bolhas saem da orelha da personagem talvez tenha sido subjetiva demais.

Acabei percebendo que estávamos assustados em vão, nosso trabalho acabou sendo muito bem sucedido, senti uma aprovação da banca, mesmo com as críticas negativas.
Aprendi realmente muita coisa com esse projeto, tanto na parte prática como na teórica. Em relação aos problemas das animações, pretendo conversar com o professor Gusmão para discutir como consertá-los, para dessa forma alcançar o verdadeiro potencial das animações.

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