segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Projeto

Finalizado o projeto, estamos disponibilizando o link para efetuar o seu download. O projeto foi estruturado juntamente com o pré-projeto e contém uma pequna revisão de literatura, problematização, delimitação, hipótese, tema, objetivo geral, objetivos específicos, procedimentos e metodologia e recursos e materiais.

Link: Projeto.doc
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O adeus à Cravo Neto

Última entrevista de Mario Cravo Neto

Mario Cravo Neto morreu no final da tarde de hoje, aos 62 anos. Muito conversou longamente com o fotógrafo quando ele estava montando sua última instalação, Bo no MAM, no Museu de Arte Moderna. Na entrevista, Mario falou sobre fotografia, família, religião, o tratamento contra o câncer, amor, vida e morte.

Mario Cravo Neto, 61, é um cara afetuoso, mas do seu jeito. Os desavisados devem achá-lo mal-humorado, porque sua doçura não é aparente. Espécie de gênio indomável, dono do seu próprio destino, cresceu no estúdio do pai (que ficava na Avenida Garibaldi) convivendo com artistas e intelectuais, como Carybé, Lina Bo Bardi, Jorge Amado e Pierre Verger, mas fez seu próprio caminho, seu voo solo com fotografias desconcertantes, belas, angustiadas. Morou em Berlim, em 1964, quando o muro ainda dividia a cidade em socialismo e capitalismo. Ali mesmo, viu um concerto do músico de jazz Miles Davis e uma regência do maestro Stravinsky.
Foi nessa época que começou a fotografar, impulsionado pelo ambiente profícuo que o circundava. No final dos anos 60, desembarcou em Nova York, onde ficou por dois anos trabalhando de forma criativa e intensa com esculturas e fotografias, em delírios movidos por ácidos lisérgicos e a própria cidade, repleta de planos sobre planos, que ele captava em velocidades baixas para fisgar a passagem do tempo.
Nos anos 80, foi deixando a escultura de lado e sendo absorvido pela fotografia sem abandonar os princípios da instalação. Com essa linguagem, criou imagens inesquecíveis, como as que estão no livro Eternal Now. A particularidade que deu aos retratos de seus filhos, pais e amigos tornou seu olhar reconhecido em boa parte do mundo. Suas imagens do candomblé, no qual ficou imerso por sete anos até tornar-se filho-de-santo, capturam uma Salvador ritualística, em um jogo de forças infinito entre o mágico e o real.
Carnaval, festas populares, para ele, são manifestações religiosas, e é esse ângulo que busca em suas imagens. Um fotógrafo que gosta de experimentar, Mariozinho, como o chamam seus amigos próximos, transforma sua doença (um câncer, com o qual vem convivendo de forma mais intensa nos últimos anos) em mais um elemento a ser usado na sua arte. Esse adorador de Exu, personagem emblemático no candomblé, que não gosta de hierarquias, é mensageiro de mundos despercebidos.
O primeiro encontro com Mario para esta entrevista foi durante a finalização da instalação Bo no MAM, seu trabalho mais recente, que reúne fotos de Voltaire Fraga da década de 50 e ocupam o casarão do Solar do Unhão. Ele chegou atrasado, mas não se importou de conversar mais de três horas sobre todos os assuntos: filhos, família, fotografia, doença, tratamento, vida, morte. Nos encontramos de novo em sua casa, em Castelo Branco, cercada por mata, fotos e desejos. Mario é um homem que não se arrepende de nada.
No seu mais recente trabalho, a instalação Bo no MAM, o senhor utilizou fotos feitas por Voltaire Fraga nos anos 50 para a arquiteta italiana Lina Bo Bardi.


A entrevista completa encontra-se no site da Revista Muito.

Homenagens a Mario Cravo Neto pela Web

Em mais algumas pesquisas, achamos algumas homenagems a Cravo Neto nos seguintes links:

  • Paraty em Foco
  • 28mm
  • Images & Visions
  • Cia de Foto
  • Tramafotografica
  • Olha, Vê!
  • CLIX
  • Terra Magazine
  • Pictura Pixel
  • The Online Photographer
  • Série Definida

    Depois da visita à biblioteca da USP, conseguimos definir as imagens que usaremos. A obra é a Mario Cravo Neto: The Photographs, de 1994. Como o livro não era liberado para empréstimo, fizemos uma pesquisa no site oficial (que, a propósito, deveria ser reformulado), e selecionamos cinco fotos. São elas:


    LúciaLúcia, 1993



    Akira, Cabeça com OlhoAkira, Cabeça com Olho (1992)



    SilêncioSilêncio (1992)



    Angela com Lukas, Torso com CachorroAngela com Lukas, Torso com Cachorro (1988)



    SaturnoSaturno (1992)


    Escolhemos algumas que se encaixavam dentro do tema que definimos, que é Os closes nos enquadramentos de Mario Cravo Neto. Como ainda estamos com problemas com a elaboração do projeto, o disponibilizaremos quando estiver tudo certinho.

    quinta-feira, 17 de setembro de 2009

    Visita às bibliotecas da USP

    Esta tarde, eu fiz uma visita às bibliotecas do MAC e da FFLCH, na USP, à procura de alguns livros do Cravo Neto, encontrei os livros "Na terra sob meus pés" e "Laróyè".

    Apesar do fato dos livros não terem textos que tenham ajudado a descobrir mais sobre a técnica do fotógrafo, essa consulta ajudou a decidir o rumo que nosso trabalho vai tomar.

    quarta-feira, 2 de setembro de 2009

    Referências Bibliográficas

    Foi (e está sendo) bem difícil achar referências bibliográficas sobre o Mario Cravo Neto que não sejam suas próprias obras. Inicialmente procuramos na biblioteca da faculdade e não encontramos nada. Nossa única referência durante a primeira semana foi uma entrevista que o fotógrafo deu para a Revista Trip, em agosto de 2006. Com pesquisas mais específicas, conseguimos achar artigos de jornais e um texto do pesquisador e curador de fotografia Rubens Fernandes Junior sobre a morte de Mario Cravo.

    Pelo Google Livros achamos dois títulos interessantes que falam sobre ele que haviam, sim, na biblioteca, que são Imagens da Fotografia Brasileira, de Simonetta Persichetti e Textos do Trópico de Capricórnio, de Aracy Amaral.

    A partir dessa bibliografia, vamos completar a etapa de referências bibliográficas no pré-projeto, que está bem adiantado.